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quinta-feira, 5 de abril de 2012

A questão da Embasa na Enseada do Paraguaçu

Finalmente a Embasa reiniciou as obras do sistema de abastecimento de águas potáveis da comunidade da Enseada do Paraguaçu, que já estavam paradas a mais de dois anos.
O referido sistema é composto por dois poços artesianos e uma estação de tratamento, a mais de dois anos atrás a Embasa iniciou a construção do primeiro poço, que ficou inacabado, também neste período as casas da comunidade foram preparadas com as tubulações para receber a água do novo sistema de abastecimento, pois o sistema de abastecimento de água anterior, que utilizava águas diretamente vindas de uma barragem próxima a localidade era incompatível com o sistema a ser construído, tendo em vista a sua precaridade.
Naquele momento toda a comunidade estava esperançosa, pois muito em breve os períodos de escassez oriundos do clima local deixariam de existir, ou pelo menos seria diminuído, abrandando assim o sofrimento da comunidade.
Lendo engano.
Foi preciso passar mais de dois anos para a Embasa dar continuidade à obra, esses dois anos foi muito longo e sofrido, imerso no enorme processo burocrático da empresa.
Não bastasse a burocracia da Embasa, os erros no projeto foram flagrante, primeiro a Embasa apontou a Enseada do Paraguaçu como parte integrante do município de Salinas da Margarida, situação que invalidou o processo de desapropriação da área de construção do novo sistema, foi necessário iniciar um novo processo em razão desse erro.
Outro erro da Embasa em relação ao projeto, foi o fato de que após já ter sido iniciado o segundo processo de desapropriação, a Embasa decidiu utilizar uma área maior do que aquela originalmente prevista para a construção do sistema de abastecimento de água, o que implicou na abertura de um novo processo de desapropriação, ou seja, se existisse o planejamento todas as questões poderiam ser resolvidas em um só processo de desapropriação.
Outro fato que atrasou a obra, mais uma vez reafirmo, atraso causado por falta de planejamento, foi que apesar da Juíza da cidade de Maragogipe a mais de nove meses atrás ter determinado a ocupação da área que seria construída o sistema de abastecimento de água pela Embasa, mediante o pagamento da indenização aos proprietarios da área, a empresa não ocupou o terreno, tão pouco efetuou o pagamento da indenização determinada pela Juíza.
Somente agora, após nove meses a Embasa finalmente ocupou a área e reiniciou a construção do referido sistema de abastecimento. Apesar da Embasa não ter cumprido a determinação judicial condicionante a ocupação da área, qual seja, o pagamento da indenização aos proprietários. Em contato com um dos representantes dos proprietários, Dra. Luci Cristina, que também é advogada, nos informou que não haverá por parte dos proprietários medida judicial no sentido de impedir a ocupação, pois todos entendem a necessidade vital da existência de água permanente nas torneiras das famílias da comunidade, a qual também abriga familiares dos proprietários da área afetada pelo sistema de abastecimento.
Neste exato momento não posso soltar fogos ou aplaudir essa situação de que finalmente a Embasa irá concluir a obra de instalação do novo sistema de água potável da Enseada do Paraguaçu, pois o que nos parece é que toda a burocracia e a falta de planejamento que existia, simplesmente sumiu como um passe de mágica, na verdade a mágica é o mega empreendimento que será construído próximo a comunidade, o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, construção que necessitará de um volume gigantesco de água. Por isso a Embasa passou a dar maior atenção ao projeto de abastecimento de água da região.
Ora caros leitores, não quero aqui demonizar o empreendimento, que damos graças ao Divino Espirito Santo (nossa tô parecendo Wagner, risos) ter escolhido a localidade para ser construído, o que quero na verdade é alertar a todos o tratamento dado pela Embasa à comunidade durante os dois penosos anos, que a empresa não atendeu as necessidades da comunidade em relação ao abastecimento de água.

A questão que se coloca é a seguinte, será que quando o novo sistema de abastecimento de água ficar pronto e iniciar o seu funcionamento, os problemas da comunidade que irão surgir com o novo sistema também será desprezado, como aconteceu nestes dois anos?
Essa pergunta não pode silenciar e deve ser respondida pela Embasa, por isso sou crédulo ao jargão popular, que diz: “Antes preciso ver, para crer!”.

2 comentários:

  1. Em pensar que em pleno sec. xxi ainda existem pessoas que se dizem donas de terras, como é o caso da Enseada, não foisó a Embasa que passou por esse problema, pois a Coelba teve que retornar com seus postes, porque os donos não deixaram colocar, coisa tal que só iria beneficiar a comunidade, pessoas mesquinhas, em pensar que uma pessoa tão inteligente como vc seja um dos donos.

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  2. não liga não alailton , esse daí são + uns da queles dispeitados .. kkkk

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